Os testemunhos de jovens como Aida e Lara mostram como o Interact é uma escola de liderança e empatia e a semente de um Rotary mais forte, mais humano e mais preparado para os desafios de amanhã.
Quando regressam às aulas, muitos jovens sentem uma mistura de entusiasmo e nostalgia: alegria por voltar ao convívio e à rotina, mas também saudade da liberdade das férias. Aida González, do Interact Club de Monção, resume-o com leveza: “Ótimo, adoro voltar à escola e matar as saudades”. Para Lara Ribeiro, do Interact Club de Chaves, o regresso representa uma transição ainda maior, o fim de um ciclo escolar e o início universitário, com toda a excitação e saudade que isso implica: “Voltar às aulas… faz me sentir muito melhor… por outro, é triste não poder ir à piscina e sair com os amigos… Como vou para a Universidade… sinto me super entusiasmada por este novo capítulo.”
Tentamos ainda entender o que motiva estas jovens a dedicar tempo ao Interact enquanto estudam. Para Aida, é simples: “A oportunidade de crescer e ajudar outros a fazer o mesmo”. Lara acrescenta que o Interact deixou de ser apenas uma atividade extracurricular e passou a ser um complemento essencial à escola: “Todas as ferramentas que o Interact me dá eu uso também na escola, ajuda nos a gerir muito melhor o tempo e motivação para sermos pessoas e alunos melhores.”
A experiência de ambas reflete como o Interact ajuda também no crescimento pessoal: Aida afirma que o programa “mostra me realidades e proporciona me experiências diferentes que me permitem crescer como pessoa em muitos sentidos”, enquanto Lara revela uma transformação profunda: “O Interact ensinou me a ser uma boa líder, a comandar equipas e a exprimir me melhor. Sou mais empática e perseverante. Ser interactista faz nos descobrir ‘super poderes’ que nem sabíamos que tínhamos. Sou muito mais feliz e concretizada desde que me juntei ao movimento e conheci tanta gente incrível com vontade de mudar um bocadinho do mundo.”
O Interact é um programa internacional do Rotary que envolve jovens entre os 12 e os 18 anos em projetos que fomentam o desenvolvimento pessoal, a liderança, o serviço comunitário e a compreensão global. Os clubes, orientados, mas autónomos, executam pelo menos dois projetos por ano – um na escola ou comunidade local e outro com alcance internacional – promovendo cooperação, empatia e uma visão global. Neste contexto, os jovens aprendem a gerir recursos, liderar equipas, planear iniciativas e a fazer a diferença num mundo interligado.
Em Portugal, iniciativas como o programa “Junior Leadership – Prepare Your Future”, desenvolvido pela Academia Paul Harris do Distrito 1970, aprofunda estas aprendizagens ao associar ética, valores rotários e competências de comunicação num formato de formação híbrida com mentores e certificados. Outra iniciativa marcante, da mesma Academia, é o concurso IMPACT, que junta Interact, Rotaract e Rotary para premiar projetos inovadores com impacto social nos jovens .
Assim, o Interact emerge como uma escola de vida que promove nos jovens valores de liderança, empatia, responsabilidade e preparação para o futuro. Como demonstram Aida e Lara, ir além dos livros pode revelar a força de “super poderes” até então invisíveis, e transformar a motivação escolar num propósito de serviço e crescimento pessoal.