
Desde 1979, quando o Rotary International lançou o primeiro projeto de vacinação nas Filipinas, os seus membros contribuíram com mais de 2,1 mil milhões de dólares e incontáveis horas de voluntariado para proteger cerca de três mil milhões de crianças em 122 países. A poliomielite foi reduzida 99,9% e permanece endémica apenas em dois países, um feito histórico que demonstra o poder da ciência, da parceria e da persistência.
Se parássemos hoje, poderíamos ver até 200.000 crianças paralisadas por ano dentro de uma década. Por isso, a erradicação da pólio continua a ser a prioridade máxima do Rotary, com os nossos clubes a manterem campanhas, a mobilizarem comunidades e a advogarem junto de governos.
O legado operacional desta luta é inestimável: redes de vigilância, logística de cadeia de frio, equipas comunitárias treinadas, mensagens culturalmente adaptadas e confiança conquistada porta a porta. Na pandemia de covid-19, o Rotary International colocou esse legado ao serviço do bem comum, usando a estrutura antipólio para apoiar a vacinação, combater rumores, identificar “desertos de acesso” e chegar primeiro a quem ficava para trás. Foi isso que os seus dirigentes disseram, sem ambiguidades: “estamos a alavancar a experiência na pólio para facilitar a distribuição da vacina” e a garantir equidade no acesso.
Contra a desinformação: informação baseada na ciência
A hesitação vacinal combate-se com confiança, transparência e proximidade. A posição oficial do Rotary International sublinha que “a desinformação dificulta a luta” e compromete o Rotary a fornecer informação científica aos seus associados. É um imperativo que nos interpela enquanto líderes comunitários: falar com factos, ouvir com respeito e mostrar, com exemplos reais do terreno, como as vacinas são seguras, eficazes e uma das formas mais fiáveis de proteger as gerações presentes e futuras.
Equidade, primeiro aos últimos
A equidade é o coração do esforço vacinal. A parceria do Rotary International com a Gavi (Aliança para as Vacinas) e, através da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e ministérios da saúde de países de todo o mundo, mostra como o Rotary transforma doações e voluntariado em capacidade instalada, formação de equipas, microplaneamento, cadeias de abastecimento, campanhas de comunicação e, sobretudo, confiança junto de cuidadores e líderes locais.
É também por isso que a UNICEF reconhece no Rotary “um dos parceiros mais fortes” para levar vacinas seguras a todo o mundo e construir confiança entre mães, pais e cuidadores.