Quem Somos

Revista em português oficial do Rotary Internacional, pertencente ao Rotary World Magazine Press.

As nossas origens

A revista Rotary Portugal é a herdeira de uma das mais belas tradições editoriais do Rotary em língua portuguesa. É a publicação oficial do Rotary International em Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste, integrada na Rotary Global Media Network, rede mundial que reúne as revistas regionais rotárias.

 

Nascida como Portugal Rotário tem raízes na década de 1930 do século passado. Foi o Companheiro José da Cruz Filipe, do Rotary Club de Lisboa, quem primeiro sonhou com a criação de um Distrito Rotário em Portugal e com o lançamento de uma revista que desse voz ao movimento. Na edição de fevereiro de 1935 do “Boletim Mensal do Clube”, dirigido por si, surge a notícia de que a Direção aceitara a sua proposta para iniciar os trabalhos necessários à criação de uma revista rotária nacional.

 

A ideia do título “Portugal Rotário” foi desde logo submetida à Comissão de Censura, que demorou longamente a despachar o pedido. Entretanto, em junho de 1936, durante a primeira “Reunião Magna dos Rotários de Portugal”, na Curia, Cruz Filipe fez distribuir um vistoso suplemento ao Boletim, com capa do pintor Pedro Guedes, onde se lia já o nome Portugal Rotário. Foi um ato de coragem, publicado sem a marca da censura, expondo-o à responsabilização pessoal.

 

A primeira fase

Entre 1937 e 1939, outros suplementos foram surgindo, até que, em abril de 1940, foi publicada a primeira edição legalizada da Portugal Rotário, graças à intervenção de Augusto de Castro, então diretor do Diário de Notícias e membro do Rotary Club de Lisboa, que convenceu o próprio Presidente do Conselho de Ministros da idoneidade e altruísmo do Rotary. Essa edição, de periodicidade trimestral, inaugurou oficialmente a revista como “Órgão dos Clubes Rotários Portugueses”.

 

Seguiram-se edições em junho de 1940, abril de 1941 e maio de 1944. Os rotários cotizavam-se em 25$00 anuais para assegurar a publicação. Mas em 1945, Cruz Filipe foi injustamente envolvido num processo político e afastou-se. Apesar de posteriormente ilibado, não foi reintegrado como merecia. Demitiu-se, e com ele terminou a primeira fase da revista.

 

A segunda fase

Décadas depois, o Companheiro Domingos Ferreira, do Rotary Club do Porto, insistiu na necessidade de uma publicação digna. O clube editou um boletim notável, mas a ideia da Portugal Rotário permaneceu suspensa. Apenas em 1982, já no Distrito 196 e sob a Governadoria de Mário Luís Mendes, do Rotary Club de Coimbra, a revista regressou. O modelo era descentralizado, cada clube, por sorteio, assumia um número. Saíram edições de Coimbra, Tomar e Vila Nova de Gaia, mas a irregularidade editorial ditou o fim desta fase.

 

A terceira fase e a consolidação

O verdadeiro relançamento ocorreu em 1984, aquando da criação dos Distritos 196 e 197. O Governador Nuno Argel de Melo (Rotary Club de São João da Madeira), em colaboração com Octávio Lixa Filgueiras (Rotary Club de Castelo de Paiva), estruturou uma redação responsável. A primeira edição saiu em abril/maio de 1984, apresentada em Viseu, na 1ª Conferência do novo Distrito. Era bimestral, com 32 páginas, tendo Nuno Argel de Melo como Editor e Octávio Lixa Filgueiras como Diretor.

 

Desde então, a revista nunca mais deixou de ser publicada. Em 1 de janeiro de 1987, foi reconhecida como Revista Regional Oficial do Rotary International, estatuto que mantém até hoje, sujeito a reavaliação regular. Em 25 de fevereiro de 1989, foi constituída, em Fátima, a Associação Portugal Rotário, proprietária do título e entidade responsável pela sua edição.

 

Com o falecimento de Nuno Argel de Melo, em 1993, a direção passou para Artur Lopes Cardoso, do Rotary Club de Vila Nova de Gaia, que acumulou os cargos de Editor e Diretor após a morte de Octávio Lixa Filgueiras.

 

O alcance lusófono

A revista tornou-se o órgão oficial dos países e territórios de língua portuguesa, exceto o Brasil. É enviada a todos os rotários de Portugal, bem como aos clubes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau (de expressão portuguesa), Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Nas suas páginas encontram-se notícias locais, histórias internacionais e exemplos de projetos de sucesso que inspiram e dão ideias a clubes de todo o mundo.

 

O presente e o futuro

Com o tempo, a revista Portugal Rotário evoluiu para periodicidade mensal, assumiu o papel de veículo central de comunicação do Rotary em Portugal e ajustou o nome, de acordo com as orientações internacionais, para revista Rotary Portugal, continuando a sua importante missão de espaço de reflexão, inspiração e partilha de boas práticas. Inquéritos regulares do Rotary International indicam que 81% dos leitores das revistas regionais as leem regularmente, confirmando a sua relevância para a ligação dos associados à organização.

 

Em outubro de 2025, iniciou-se um novo capítulo. A revista migrou integralmente para o formato digital, uma mudança que representa um compromisso de sustentabilidade, acessibilidade e renovação. Agora, pensada também para plataformas móveis e consulta imediata, a revista reforça o seu papel como elo de união entre rotários, clubes e comunidades no espaço lusófono.

 

Rotary Portugal é, assim, a guardiã da memória rotária em português e a mensageira de um ideal que atravessa gerações: Dar de si antes de pensar em si. Do sonho visionário de Cruz Filipe à revolução digital do século XXI, com mais de quatro mil leitores, a revista permanece fiel ao seu propósito: informar, inspirar e fortalecer o espírito do Rotary.

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