Setembro abre-se como um caderno novo, ainda com o perfume do papel em branco, por escrever. No hemisfério norte, o regresso às aulas devolve às ruas o bulício das mochilas e dos risos apressados. Em muitas regiões e países, contudo, existem crianças para quem a escola, ler e escrever, é apenas um sonho muito distante. É por elas, e por todos os que a vida mantém afastados do direito de aprender, que o mês de Educação Básica e Alfabetização existe em Rotary.
Saber ler e escrever é muito mais do que simplesmente conhecer todas as letras de um alfabeto. Significa compreender e interpretar o mundo que nos rodeia, abrindo portas para a dignidade, para a cidadania, para as oportunidades e para o futuro de inteiras gerações.
Para muitos de nós, setembro é também tempo de recomeços. Depois do merecido repouso das férias, voltamos aos clubes com ânimo renovado, prontos para servir ainda melhor. É o momento de dar forma às ideias que foram amadurecendo durante o verão, de transformar reflexões em ação, de encontrar, na energia do início deste ciclo, a coragem para sonhar mais alto.
Este é, igualmente, um mês propício para iniciar o lançamento de projetos que fiquem, muito para além da urgência dos dias e se transformem, duradouros, como deve ser, em raízes vivas nas comunidades. Iniciativas capazes de mudar destinos durante anos, reforçadas pelo apoio de subsídios da The Rotary Foundation.
Setembro traz-nos ainda um marco na história desta nossa revista, carinhosamente conhecida como Portugal Rotário. Esta será a última edição distribuída em papel. Encerramos um ciclo, com muita gratidão por todas as milhares de páginas que, ao longo de décadas, viajaram pelas mãos dos companheiros e companheiras, e abrimos outro com entusiasmo. Mais páginas, já na versão digital, um novo website, e uma presença mais intensa nas redes sociais.
Continuaremos juntos, agora também em novos caminhos digitais, para partilhar as histórias que tanto nos unem e têm inspirado ao longo dos anos.